quarta-feira, 28 de março de 2012

O Covil do Dragão


Febe
Arianrhod
Caridwen
Elaine
Mani
Nanna
Arrak
Selene
Ártemis
Hécate
Khons
Thot
Nut
Ix Chel
Chang'e
Chandradev
Nix
Érebo


Havia ainda mais nomes incrustados naquela pedra, mas não os compreendia.

E Naya absorveu um conhecimento mais antigo que o tempo, ou tão velho quanto. Então não é surpresa alguma dizer que ela desmaiou após ver tudo o que foi lhe apresentado.
Quando acordou, alguns minutos depois, Marconi estava sentado ao seu lado, observando-a.

- Não preciso te dizer para não comentar sobre o que viu por aí, suponho.

- Ninguém acreditaria de qualquer forma.

- Não subestime a capacidade de se auto-iludir que as pessoas tem.

- Mas aquilo era a verdade, não era?

- Tu sabe que sim.

- Eu sei que tu me fez sentir que era a verdade.

Marconi sorriu, olhou para o céu, inspirou profundamente e só então respondeu.

- Vamos, temos que verificar os estragos que o seu irmão fez.

- Você me disse que ele estava preso.

- E estava.

Ela preferiu não comentar mais nada, veria a verdade em breve, e Marconi tinha a chata mania de estar sempre certo.
O cão, Hati, sempre ia alguns passos atrás, sem fazer ruído algum, salvo um leve revolver de folhas ocasional.
Chegaram a um prédio velho, que parecia ser uma antiga escola, ou algo assim. Havia um pequeno dragão sobre a entrada da porta.

- Tudo parece estar certo.

- Esperava mais de ti, Naya.

E então ela percebeu. Não havia sentinela alguma nos arredores, ela as teria sentido. Isso estava estupidamente errado para que ela não tivesse percebido de imediato.
Marconi suspirou algo para a porta, e ela abriu sem fazer barulho algum.

Um feixe de energia surgiu das profundezas do lugar e acertou Marconi no meio do rosto. Ao menos foi o que Naya pensou até que o viu apoiado na porta, de braços cruzados, e observando a escuridão do local.
Ele sorriu de modo estranhamente sedutor e falou sem desviar o olhar:

- Ora, ora, isso começou a ficar realmente interessante. Me lembre de agradecer o seu irmão.

Após isso seus olhos começaram a brilhar da mesma forma de quando ele marcava alguém. Hati rosnou. E de dentro de suas roupas surgia um leve brilho prateado. Isso tomou Naya de surpresa por um breve segundo, e quando ele acabou ela mesma já se preparava para atacar.

Não correram, não eram novatos em busca de glória. Caminharam calmamente porta adentro, o porte dos mensageiros do desespero.

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