terça-feira, 23 de março de 2010

*suspiro*


A mente dá voltas e volta ao seu lugar...

A presença some mas não deixa de existir...

Sua imagem em minha mente a insistir.

segunda-feira, 15 de março de 2010

Cognitio Derelictum - Aniversário

Raul observava Furlan com notável interesse. Ele andava de um lado para outro do Cognitio Derelictum, organizando e reorganizando a festa surpressa de Amanda. Ligou para os amigos dela [havia conseguido a lista de telefones não se sabe como], e iria perder todo o lucro da noite por causa desta festa.

- Furlan?
- Que foi?
- Vai se declarar pra ela?
- Como é?
- Oras, olhe a trabalheira que você está tendo por ela. Fala sério, tu tá totalmente apaixonado.

Furlan resmungou algo incompreensível, e encarou Raul com um rosto pensativo. Logo após continuou a organizar o lugar. Egon chegou aproximadamente cinco minutos depois, e ao ver o rosto de Furlan ainda pensativo, não falou nada e foi direto conversar com Raul. Olhou para Furlan e perguntou:

- Diagnóstico?
- Ah, ele tá perdido, o inconsciente provavelmente já notou isso, o consciente aparentemente não acredita, ou prefere não acreditar.
- Caso complicado.
- Já viu ele assim antes?
- Já, mas nada deste porte.
- Vão falar sobre mim quanto tempo?
- Até adivinhar a data do casório.
- *Suspiro*, sabe Egon, às vezes você fala demais.
- Ah, qual é Furlan, tu tá caidinho por ela.
Furlan vira o rosto e continua:
- E vocês acham que eu não sei disso? Eu sei que gosto dela, mas ainda não sei precisar o quanto, só sei que ela me faz bem.
- E é o suficiente pra fechar a casa por uma noite pra fazer uma festa, não é?
- Tu fala como se eu nunca tivesse feito isso antes, para vocês inclusive.
- Oras, é diferente.
- Diferente nada, posso conhecê-la a pouco tempo, mas me diga Egon, o tempo de uma amizade faz tanta diferença assim?

Egon não respondeu, sabia que o tempo não importava, e agora conseguiu compreender Furlan.
Ele não estava perdido, estava receoso, e queria aproveitar todo o tempo que pudesse para fazê-la feliz. Assim ele ficaria feliz. E não queria perder tempo, sofreu por perder tempo estupidamente no passado.
Agora Egon entendeu o quanto Amanda se tornara especial para ele, e sorriu.

- Ah, Furlan... Vamos, pecisa de ajuda em quê?

Organizaram tudo, os amigos dela chegaram, e então todos esperaram por ela.
Quando ela abriu a porta, uma leve brisa soprou por detrás dela, ela fechou os olhos por um instante absorvendo a sensação. Foi uma cena linda.
Abriu os olhos, viu a organização do lugar, fitou Furlan, no balcão, sorrindo para ela. Respirou profundamente e então disse:

-


Hum, essa fala não sou eu quem inventa. E então Amanda, o que você disse?

^^,

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segunda-feira, 1 de março de 2010

Nobreza

Estou curioso de como este post vai ficar, se por acaso lembrar de tudo o que quero falar...

Escutando "I close my eyes".


Sem falsa modéstia, eu conheço as pessoas.
Não sei dizer o porquê, mas conheço. Sei quando vou gostar de alguém, e quando não vou gostar. Às vezes, logo de cara, só de ver ou cumprimentar pela primeira vez, outras vezes demora um pouco, algumas breves conversas.
Mas não erro, a partir do momento que meu inconsciente reúne informações importantes sobre qualquer um, ele me entrega em forma de intuição.
Sempre dou chance ao erro, sempre tento conhecer essa pessoa mesmo se meu incosciente diz que não nos daremos bem [ou quase sempre, apesar de não lembrar de não ter feito isso alguma vez].

A muito, muito, tempo atrás eu encontrei um informação que pressumi que fosse o motivo de tal característica minha. Chama-se 'hiperestesia indireta', ou 'hiperestesia indireta do pensamento'. Há uma diferença entre esses dois termos, porém já não recordo dela.
Basicamente, se tratado de uma maneira simples, pode-se dizer que a mente humana é uma antena, que envia e recebe informações o tempo todo. Geralmente, quer dizer, quase sempre, estas informações recebidas não passam do campo inconsciente da mente, sendo descartada logo após na maioria das vezes. Porém algumas vezes esta informação "passa" para o lado consciente.
Mas realmente, isso é muito raro de acontecer, e casos como eu imagino que deva ser o meu, mais raros arinda. Afinal, essa característica é presente de maneira constante em mim, quando no resto das pessoas ocorre em escassas ocasiões.

Logo, como eu disse, sem saber o porquê, eu conheço às pessoas.
Já confio tanto nesta intuição, que quando é algo bom que sinto, já nem fico procurando motivos pra justificá-la, eles acabam vindo com o tempo, naturalmente.
Mas acontece que a pouco tempo, alguém me achou, e me obriguei a procura um motivo para uma característica em especial.

Me achou, e me chamou a atenção com um simples oi. Essa guria...
Mora longe, a várias centenas de quilômetros, mas para a mente não há um limite espacial conhecido. Então, logo de cara, veio aquilo 'vou gostar desta guria', e gostei, e gosto.
Claro, numa distância assim, talvez o tanto que meu inconsciente a conheça não seja o suficiente pra ter certeza de algo, apesar de nunca ter tido motivos para questionar essa sensação.

Quem me conhece bem sabe disso, quem não conhece sempre desconfia quando eu falo isso, eu não minto.
Ah, sim, claro que eu desconverso, mudo de assunto, quando não quero falar de algo, não adianta, não vai tirar essa informação de mim. Logo, mentir é desnecessário, e uma saída muito fácil, coisa que eu não gosto.
Sendo assim, quando falo algo à alguém, estou falando a verdade.
Pois bem, eu disse à essa guria, naquelas minhas despedidas características [exageradas], que ela é nobre. Pois foi algo que meu inconsciente me informou.
Nobre, mas por que?
Eu não sabia, só sabia que é. E quando ela me questionou a respeito pedi que esperasse, pois daria uma resposta mais concreta e aprofundada com o passar do tempo [quando fosse conhecendo ela mais 'conscientemente'].

Imagino que chegou a hora disso, minha nobre Amanda.
Segundo o dicionário que tenho em mãos nesse instante, nobre é alguém "muito conhecido; notável; famoso; que pertence à nobreza; majestoso; dadivoso; elevado; ilustre", ah sim, ela é nobre.
Ela se faz notar, de uma maneira que não sei descrever...
Majestosa? Uma dádiva? E como não? Uma guria que apóia os amigos quando eles precisam não deve receber adjetivos abaixo desses. Tem aquela cpacidade rara de não ficar alimentando o rancor dentro de si. Poxa, ela foi capaz de me fazer voltar a escrever e desenhar com uma influência tão natural que imagino que talvez nem ela tenha notado a importância que teve nisto.
Isso é ser nobre.
Sem falar na diversidade de habilidades dela, musica, arte, a vontade de conhecer e enfrentar o mundo, características existentes, sim, em pessoas nobres.
Eu podia ficar aqui, falando, teclando, por muito tempo, sobre tudo aquilo de bom e nobre que já encontrei nela, podia mesmo. Mas colocar alguém assim em palavras, é limitá-la. As palavras não são suficientes...
Ah, ela vai dizer que eu deixo ela encabulada falando isso, mas é bom ir se acostumando...
^^,

Por fim, Amanda, sim, tu és nobre. Uma das personalidades mais nobres que já tive prazer em conhecer.

Sem mais por hoje,
fiquem bem...

Sonhos...

Meus sonhos.
Meus sonhos mais cedo, ou mais tarde, sempre me fizeram sofrer.
Maldita mania de sonhar sempre com o que é difícil, complicado, cheio de dificuldades.
Maldita paciência, e maldito raciocínio que sempre encontra uma solução, sempre acabo por esperar por aquela minima chance que minha mentre me mostrou existir.
Agora sofro. Mais cedo.
Maior dos sonhos, e o melhor até agora.
Mas... tão... tão... distante de acontecer, de ser real.
Parece não passar de apenas isso mesmo, um sonho.
Certa vez disse à um amigo:
"Sempre sou sábio, quando posso."
Inquietado, ele me perguntou em que ocasiões eu não poderia ser.
A resposta, transcrita aqui, foi essa:
"Quando não há tempo, ou quando percebo algo tarde demais, ou quando a razão é dominada pela emoção ou os instintos."
Pois bem, minha sabedoria me avisou a respeito deste sonho.
Porém não houve tempo, ele surgiu do nada, simplismente de um dia para o outro estava ali, e eu nem havia percebido, o que foi o segundo erro, cresceu e cresceu, este sonho. Quando dei por mim, a razão, puff, essa já era...
Um sonho, e detonou minha sabedoria em todos os aspectos de apenas uma vez.
Mesmo assim estava bem. Até ver que o meu sonho podia estar perdido antes mesmo de ser alcançado.
Foi aí que a minha angústia começou.

Talvez só me reste esperar mesmo.
Esperar o tempo...
Esperar, e ler nas entrelinhas do destino...
Esperar... e sonhar...