sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Era uma vez...

Sabe aquelas histórias que são contadas pra gente quando a gente é criança? A gente fica impressionado com a coragem e astúcia dos heróis e príncipes, com a beleza e a simpatia das mocinhas e princessas. Ficamos pensando se aquilo pode acontecer com a gente, e realmente acreditamos que aquilo pode realmente acontecer. Mas então nós crescemos, e acabamos esquecendo e deixando de acreditar nessas histórias com um final feliz. Passamos a pensar cada vez mais em bens materiais que acabamos esquecendo que o sentimento não é algo material, não é algo que possa ser comprado, ignorado, jogado fora ou simplismente trocado por outro que melhor lhe convier...
Pessoas de pouca fé eu digo... de pouca fé no mundo e em si mesmas. Vêem barreiras e dificuldades em tudo, desistem ao primeiro sinal de fracasso. Pois bem, gostaria de hoje partilhar com vocês uma pequena história, dessas que começam com era uma vez, com príncipe encantado e tudo... espero que gostem.
Era uma vez um príncipe, que não se considerava encantado, que estava pensando sobre tudo o que tinha acontecido ultimamente no seu humilde reino, percebeu então que estava tudo tão vazio... sem brilho, parecia-lhe que necessitava de algo, sem nem mesmo saber o que era.
Não estava triste, havia aprendido, apesar de sua tenra idade, que nem sempre as coisas vão ser boas como se espera, mas que tudo vai melhorando com o passar do tempo.
Então um dia, durante uma reunião de sábios, foi resolvido que ensinamentos antigos e valiosos seriam passados para a próxima geração que chegava. E ele como príncipe, tinha a obrigação moral de participar de tal evento. Então foram escolhidos por todos os reinos da região pessoas de todos os tipos para ajudarem tanto na formação dos jovens como para o suporte físico e espiritual deste "curso". O príncipe, por ser a sua primeira vez a ajudar em tal evento ficou junto com a equipe de suporte.
Mas antes de começar a equipe deveria se conhecer, então foram marcadas duas assembléias. O príncipe chegou animado para a primeira assembléia, ele olhou para toda equipe, que seria liderada por uma jovem sábia, e viu dentre todos uma menina, ele não sabia o porquê, mas ele não conseguia tirar os olhos dela. Ela era bonita? Sim, e muito, mas não, não podia ser apenas isso, ele passava por donzelas bonitas todos os dias, e nem por isso se sentia atraído daquela maneira. Porém o príncipe nada fez, o tempo o ensinou a ser cauteloso com o que ele sentia, principalmente quando ele não sabia exatamente o que estava sentindo.
Tudo o que ele pode fazer foi esperar ansiosamente pela próxima assembléia, e novamente aquele sentimento surgiu quando ele avistou aquela linda menina. Mas novamente tudo o que fez foi observar, no máximo trocar algumas palavras. Covarde? Talvez, mas algo o dizia que ainda não era hora para fazer nada, e ele esperou, até que o dia do evento chegou, três dias na verdade. Durante esses três dias o príncipe viu, conversou, brincou, ou seja conviveu com todos da equipe, foi côrtes e generoso. Mas algo o entristecia, ele via a cada dia, que aquela menina, não parecia compartilhar do mesmo sentimento que ele, o que acabou o deixando ainda mais confuso. Não que ele esperasse que algo milagroso acontecesse, mas ele não conseguia refletir em uma meneira de se aproximar dela. O evento chegou ao fim, e ele teve que amargar aquele sentimento de derrota dele mesmo. Começou a pensar em de quê forma poderia se aproximar daquela donzela que tanto sentimento nele despertou... A resposta não demorou muito para aparecer em sua mente.
O baile entre todos os reinos, é lógico, ele pensou. Porém então, o príncipe, se sentiu desencorajado por si próprio, afinal, ele pensou, "se nada consegui em três dias convivendo com ela, o que então poderia acontecer de diferente em apenas uma noite?". E talvez tenha sido esse pensamento derrotista que acabou imfluênciando totalmente na ação do príncipe naquela noite. Ele estava, antes do baile, se correspondendo com a jovem através de mensageiros, mas mesmo assim não conseguia se sentir confiante.
O baile ia bem, e ele apenas a observava de longe, até que em certa altura do baile, já perto do fim, ele sentado, viu uma cena que fez o baile acabar pra ele naquele exato momento, um outro, a tomando nos braços e dançando, e, pelo meio da música, a beijando... tudo o que o príncipe conseguiu fazer foi fechar os olhos e respirar pesadamente, e apesar de não os ver mais juntos até o momento em que estava no baile, o jovem príncipe estava agradecido pelo fato de que quem o visse não conseguisse distiguir se o seu rosto era de tristeza ou cansaço, e que ninguém veio lhe fazer perguntas que ele não queria nem iria responder.
O príncipe não conseguia deixar de colocar a culpa do acontecido em si mesmo, afinal, se ele tivesse tentado se aproximar mais dela, se ele tivesse tirado ela para dançar... eram muitos "se's" para o príncipe conseguir culpar alguém mais do que ele mesmo...
Mas ele apesar disso tudo ainda não havia perdido a esperança, continuou a se comunicar com aquela menina e foram através destas mensagens que eles descobriram uma coisa em comum, ambos não sabiam dançar, então surgiu a idéia de fazerem um curso de dança juntos. O problema era que os reinos eram distantes e a possibilidade de se achar um horário e local ideal para ambos era remota, mas mesmo assim eles tentaram, foi marcado para uma noite, no reino dela, para o início das aulas. Um problema surguiu quando o príncipe notou que a data era a mesma que uma outra assembléia que ele havia sido convocado a participar, assembléia essa que ele achou uma perda de tempo, mas teve que ir, senão não poderia participar do próximo evento, onde conhecimentos primários seriam passados para iniciantes, então, o príncipe, mesmo acabando um pouco atrassado e meio perdido naquele reino, chegou no local do curso, sua emoção por poder estar ali com a princesa só não foi maior porque as aulas acabaram não acontecendo por motivos técnicos. O príncipe não podia acreditar que aquilo estava acontecendo, até parecia uma brincadeira sem graça do destino.
Apesar de tudo isso, o príncipe, ainda tinha esperança, e muita agora que ele havia visto que ele ter se abalado de tão longe apenas para ver a princesa a havia comovido muito. Ele decidiu tentar de novo, aproveitou uma brecha em seus ensinamentos para propor à moça de fazer algo, mesmo sem saber exatamente o quê. E ela aceitou, então o príncipe tentou combinar um horário que fosse bom tanto para ele quanto para ela, e novamente aparece a brincadeira medonha do destino, quando ele descobre que o horário que ele havia planejado infelizmente não era possível para a princesa, por motivos do reinado. Ele então propôs sua ida para mais cedo, o que acabou sendo aceito. Porém novamente o destino age, trazendo um dia de chuva e vento, a princesa até pensou que o príncipe não viria, disse que não havia problema se ele não viesse. Mas o príncipe, estranhamente devo dizer, estava completamente decidido a não se deixar ser vencido por motivos externos novamente. Quando quegou ao reinado da donzela, eles combinaram de se encontrar na grande praça do reino. Depois de um tempo de espera ela apareceu, juntamente com um casal a acompanhando, o príncipe tentava, mas não sabia se conseguia saber se estava conseguindo disfarçar o nervosismo, então após conseguirem se acomodar em um pub das redondezas, os dois ficaram sozinhos, conversaram um pouco e foram jogar um pouco também, logo após o outro casal retorna, e a princesa pede para o rapaz jogar em seu lugar, e bem, durante o jogo, aquilo que o príncipe tão ansiosamente esperava acabou acontecendo, não algo forçado nem nada, simplismente aconteceu, um beijo longo entre ele e a sua princesa, que acabaram, por ventura sendo acompanhados por outros, mas isso não vem ao caso.
Esta, meus caros leitores, é uma história que ainda não acabou, muito pelo contrário, está apenas começando, e ainda pretende durar muito, mesmo com chuva, vento, sol, aula de dança ou não, até quando ambos, o príncipe e a princesa, quiserem que ela continue...

Beijos, minha linda princesa, por mim essa história ainda vai durar muito...

domingo, 2 de setembro de 2007

Tempos Modernos

Caros leitores, infelizmente o texto que estava sendo produzido para hoje não pode ser concluído a tempo. Então coloquei este texto que apesar de eu não ter escrito, é muito bom. Espero que gostem e comentem...Até breve...

---x---

- Mãe, vou casar.
- Jura, meu filho?! Fico tão feliz! Quem é a moça?
- Não é moça. Vou casar com um moço. O nome dele? Murilo.
- Você falou Murilo ... ou foi meu cérebro que sofreu um pequeno surto psicótico?
- Eu falei Murilo. Por que, mãe? Tá acontecendo alguma coisa?
- Nada, não ... Só minha visão que está um pouco turva. E meu coração, que talvez deu uma parada. No mais, tá tudo otimo.
- Se você tiver algum problema em relação a isto, melhor falar logo ....
- Problema? Problema nenhum. Só pensei que algum dia ia ter uma nora ... Ou isso ...
- Você vai ter uma nora. Só que uma nora ... meio macho. Ou um genro meio fêmea. Resumindo: uma nora quase macho, tendendo a um genro quase fêmea ...
- E quando eu vou conhecer o meu ... a minha ... o Murilo?
- Pode chamar ele de Biscoito. É o apelido.
- Tá! Biscoito ... Já gostei dele. Alguém com esse apelido só pode ser uma pessoa bacana. Quando o Biscoito vem aqui?
- Por que?
- Por nada. Só pra eu poder desacordar seu pai com antecedência.
- Você acha que o papai não vai aceitar?
- Claro que vai aceitar! lógico que vai. Só não sei... se ele vai sobreviver ... Mas isso também é uma bobagem. Ele morre sabendo que você achou sua cara-metade. E olha que espetáculo: as duas metades com bigode ...
- Mãe, que besteira ... hoje em dia ... praticamente todos os meus amigos são gays.
- Só espero que tenha sobrado algum que não seja... pra poder apresentar pra tua irma.
- A Bel já tá namorando.
- A Bel? Namorando?! Ela não me falou nada ... Quem??
- Uma tal de Veruska.
- Como?
- Veruska ...
- Ah!, bom! Que susto! Pensei que voce tivesse falado Veruska.
- Mãe!!!...
- Tá ... , tá , tudo bem ... Se vocês são felizes. Só fico triste porque não vou ter um neto ...
- Por que não? Eu e o Biscoito queremos dois filhos. Eu vou doar os espermatozóides. E a ex-namorada do Biscoito vai doar os óvulos.
- Ex-namorada? O Biscoito tem ex-namorada?
- Quando ele era hetero. A Veruska.
- Que Veruska?
- Namorada da Bel...
- "Perai". A ex-namorada do teu atual namorado... ? a atual namorada da tua irmã ... que é minha filha também ... que se chama Bel? Isso? Porque eu me perdi um pouco ...
- É isso. Pois é ... a Veruska doou os óvulos. E nós vamos alugar um útero.
- De quem?
- Da Bel.
- Mas ... logo da Bel?! Quer dizer então ... que a Bel vai gerar um filho teu e do Biscoito. Com o teu espermatozóide e com o óvulo da namorada dela, que é a Veruska?!?...
- Isso.
- Essa crianca, de uma certa forma, vai ser tua filha, filha do Biscoito, filha da Veruska e filha da Bel.
- Em termos ...
- A criança vai ter duas mães: você e o Biscoito. E dois pais: a Veruska e a Bel.
- Por ai ...
- Por outro lado, a Bel..., além de mãe, e tia ... ou tio... porque é tua irmã.
- Exato. E ano que vem vamos ter um segundo filho. Aí o Biscoito é que entra com o espermatózoide. Que dessa vez vai ser gerado no ventre da Veruska ... com o óvulo da Bel. A gente só vai trocar.
- Só trocar, né? Agora o óvulo vai ser da Bel. E o ventre da Veruska ...
- Exato!
- Agora eu entendi! Agora eu realmente entendi ...
- Entendeu o que?
- Entendi que é uma espécie de swing dos tempos modernos!
- Que swing, mãe?!!...
- É swing, sim! Uma troca de casais... com os óvulos e os espermatozóides uma hora no útero de uma, outra hora no útero de outra .
- Mas...
- Mas uns tomates! Isso e um bacanal de ultima geração! E pior ... com incesto no meio.
- A Bel e a Veruska so vão ajudar na concepção do nosso filho, só isso ...
- Sei!!! ... E quando elas quiserem ter filhos ...
- Nós ajudamos.
- Quer saber? No final das contas não entendi mais nada. Não entendi quem vai ser mãe de quem, quem vai ser pai de quem, de quem vai ser o útero, o espermatozóide ... A única coisa que eu entendi? É que ...
- Que ...?
- Fazer árvore genealógica daqui pra frente vai ser uma MEEERRRDAAA ....