sábado, 1 de dezembro de 2007

O pai da humanidade

Imagine que é uma típica tarde de sexta-feira e você está dirigindo em direção à sua casa. Você sintoniza o rádio. O noticiário está falando de coisas de pouca importância. Você ouve que numa cidadezinha distante morreram 3 pessoas de uma gripe, até então, totalmente disconhecida. Não presta muita atenção ao tal acontecimento e esquece o assunto. Na segunda-feira, quando acorda, escuta que já não são 3, mas 30.000, as pessoas mortas pela tal gripe, nas colinas remotas da Índia. Um grupo do Controle de Doenças dos EUA foi investigar o caso. Na terça-feira já é a notícia mais importante, ocupando a primeira página de todos os jornais, pois já não é só na Índia, mas também no Paquistão, Irã e Afeganistão.
Enfim, a notícia se espalha pelo mundo. Estão chamando a doença de "La Influenza Misteriosa", e todos se perguntam: Que faremos para controlá-la? Então, uma notícia surpreende a todos: A Europa fecha suas fronteiras. A França não recebe mais vôos da Índia, nem de outros países dos quais se tenham comentado de casos da tal doença. Por causa do fechamento das fronteiras você está ligado em todos os meios de comunicação para manter-se informado da situação e, de repente, ouve que uma mulher declarou que num hospital da França, um homem está morrendo por causa da tal "nfluenzia Misteriosa". Começa o pânico na Europa. As informações dizem que, quando você contrai o vírus é questão de uma semana de vida. Em seguida, as pessoas têm 4 dias de sintomas horríveis e morrem.
A Inglaterra também fecha suas fronteiras, mas já é tarde. No dia seguinte, o presidente dos EUA fecha também suas fronteiras para Europa e Ásia, para evitar a entrada do vírus no país, até que encontrem a cura. No dia seguinte, as pessoas começam a se reunir nas igrejas, em oração pela descoberta da cura, quando, de repente, entra alguém na igreja, aos gritos:
- Liguem o rádio! Liguem o rádio! Duas mulheres morreram em Nova York!Em questão de horas, parece que a coisa invadiu o mundo inteiro. Os cientistas continuam trabalhando na descoberta de um antídoto, mas nada funciona.
De repente vem a notícia esperada, conseguiram decifrar o código de DNA do vírus. É possível fabricar o antídoto! É preciso, para isso, conseguir o sangue de alguém que não tenha sido infectado pelo vírus.
Corre por todo o mundo a notícia de que as pessoas devem ir aos hospitais fazer análise de seu sangue e doar para a fabricação do antídoto. Você vai de voluntário com toda sua família, juntamente com alguns vizihos, perguntando-se, "o que acontecerá? Será este o final do mundo?". De repente o médico sai gritando um nome que leu em seu caderno. O menor dos seus filhos está ao seu lado, se agarra na sua jaqueta, e lhe diz:
- Pai? Esse é meu nome!
E antes que você posa raciocinar estão levando seu filho e você grita:
- Esperem!
E eles respondem:
- Tudo está bem! O sangue dele está limpo, e é sangue puro. Achamos que ele tem o sangue que precisamos para o antídoto.
Depois de 5 longos minutos, saem os médicos chorando e rindo ao mesmo tempo. E é a primeira vez que você vê alguém rindo em uma semana. O médico mais velho se aproxima de você e diz:
- Obrigado, senhor! O sangue de seu filho é perfeito, está limpo e puro, o antídoto poderá ser fabricado.
A notícia se espalha por todos os lados. As pessoas estão orando e rindo de felicidade. Nisso o médico se aproxima de você e de sua esposa, e diz:
- Posso falar-lhes um momento? Não sabiamos que o doador seria uma criança e precisamos que o senhor assine uma autorização para usarmos o sangue de seu filho.
Quando você está lendo, percebe que não colocaram a quantidade de sangue que vão usar e pergunta:
- Mas, qual a quantidade de sangue que vão usar?O sorriso do médico desaparece e ele responde:
- Não pensávamos que fosse uma criança. Não estávamos preparados... Precisamos de todo o sangue de seu filho...Você não pode acreditar no que ouve e trata de contestar:
- Mas... Mas...
O médico insiste:
- O senhor não compreende? Estamos falando da cura para o mundo inteiro! Por favor, assine! Nós precisamos de todo o sangue!
Você, então, pergunta:
- Mas vocês não podem fazer-lhe uma transfusão?
E vem a resposta:
- Se tivéssemos sangue puro, poderíamos. Assine! Por favor, assine!
Em silêncio, e em ao menos poder setir a caneta na mão, você assina.Peguntam-lhe:
- Quer ver seu filho agora?
Você caminha em direçao da sala de emergência onde se encontra seu filho, que está sentado na cama, e ele diz:
- Papai!? Mamãe!? O que está acontecendo?
Os pais seguram a mão dele e fala:
- Filho, sua mãe e eu lhe amamos muito e jamais permitiríamos que lhe acontecesse algo que não fosse necessário, você entende?
O médico regressa e diz:
- Sinto muito senhor, precisamos começar, gente do mundo inteiro está morrendo, o senhor pode sair?
Nisso, seu filho pergunta:
- Papai? Mamãe? Por que vocês estão me abandonando?
Na semana seguinte, quando fazem uma cerimônia para honrar o seu filho, algumas pessoas ficam em casa dormindo, e outras não vêm, porque preferem fazer um passeio ou assistir um jogo de futebol na TV.
E há outras que vêem, mas como se realmente não estivessem se importando. Aí você tem vontade de parar e gritar:
- MEU FILHO MORREU POR VOCÊS!!! NÃO SE IMPORTAM COM ISSO?
Talvez isso é o que Deus nos quer dizer:
- MEU FILHO MORREU POR VOCÊS!!! NÃO SABEM O QUANTO EU OS AMO?

Tentem pensar um pouco nisso...


Sem mais,

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Era uma vez...

Sabe aquelas histórias que são contadas pra gente quando a gente é criança? A gente fica impressionado com a coragem e astúcia dos heróis e príncipes, com a beleza e a simpatia das mocinhas e princessas. Ficamos pensando se aquilo pode acontecer com a gente, e realmente acreditamos que aquilo pode realmente acontecer. Mas então nós crescemos, e acabamos esquecendo e deixando de acreditar nessas histórias com um final feliz. Passamos a pensar cada vez mais em bens materiais que acabamos esquecendo que o sentimento não é algo material, não é algo que possa ser comprado, ignorado, jogado fora ou simplismente trocado por outro que melhor lhe convier...
Pessoas de pouca fé eu digo... de pouca fé no mundo e em si mesmas. Vêem barreiras e dificuldades em tudo, desistem ao primeiro sinal de fracasso. Pois bem, gostaria de hoje partilhar com vocês uma pequena história, dessas que começam com era uma vez, com príncipe encantado e tudo... espero que gostem.
Era uma vez um príncipe, que não se considerava encantado, que estava pensando sobre tudo o que tinha acontecido ultimamente no seu humilde reino, percebeu então que estava tudo tão vazio... sem brilho, parecia-lhe que necessitava de algo, sem nem mesmo saber o que era.
Não estava triste, havia aprendido, apesar de sua tenra idade, que nem sempre as coisas vão ser boas como se espera, mas que tudo vai melhorando com o passar do tempo.
Então um dia, durante uma reunião de sábios, foi resolvido que ensinamentos antigos e valiosos seriam passados para a próxima geração que chegava. E ele como príncipe, tinha a obrigação moral de participar de tal evento. Então foram escolhidos por todos os reinos da região pessoas de todos os tipos para ajudarem tanto na formação dos jovens como para o suporte físico e espiritual deste "curso". O príncipe, por ser a sua primeira vez a ajudar em tal evento ficou junto com a equipe de suporte.
Mas antes de começar a equipe deveria se conhecer, então foram marcadas duas assembléias. O príncipe chegou animado para a primeira assembléia, ele olhou para toda equipe, que seria liderada por uma jovem sábia, e viu dentre todos uma menina, ele não sabia o porquê, mas ele não conseguia tirar os olhos dela. Ela era bonita? Sim, e muito, mas não, não podia ser apenas isso, ele passava por donzelas bonitas todos os dias, e nem por isso se sentia atraído daquela maneira. Porém o príncipe nada fez, o tempo o ensinou a ser cauteloso com o que ele sentia, principalmente quando ele não sabia exatamente o que estava sentindo.
Tudo o que ele pode fazer foi esperar ansiosamente pela próxima assembléia, e novamente aquele sentimento surgiu quando ele avistou aquela linda menina. Mas novamente tudo o que fez foi observar, no máximo trocar algumas palavras. Covarde? Talvez, mas algo o dizia que ainda não era hora para fazer nada, e ele esperou, até que o dia do evento chegou, três dias na verdade. Durante esses três dias o príncipe viu, conversou, brincou, ou seja conviveu com todos da equipe, foi côrtes e generoso. Mas algo o entristecia, ele via a cada dia, que aquela menina, não parecia compartilhar do mesmo sentimento que ele, o que acabou o deixando ainda mais confuso. Não que ele esperasse que algo milagroso acontecesse, mas ele não conseguia refletir em uma meneira de se aproximar dela. O evento chegou ao fim, e ele teve que amargar aquele sentimento de derrota dele mesmo. Começou a pensar em de quê forma poderia se aproximar daquela donzela que tanto sentimento nele despertou... A resposta não demorou muito para aparecer em sua mente.
O baile entre todos os reinos, é lógico, ele pensou. Porém então, o príncipe, se sentiu desencorajado por si próprio, afinal, ele pensou, "se nada consegui em três dias convivendo com ela, o que então poderia acontecer de diferente em apenas uma noite?". E talvez tenha sido esse pensamento derrotista que acabou imfluênciando totalmente na ação do príncipe naquela noite. Ele estava, antes do baile, se correspondendo com a jovem através de mensageiros, mas mesmo assim não conseguia se sentir confiante.
O baile ia bem, e ele apenas a observava de longe, até que em certa altura do baile, já perto do fim, ele sentado, viu uma cena que fez o baile acabar pra ele naquele exato momento, um outro, a tomando nos braços e dançando, e, pelo meio da música, a beijando... tudo o que o príncipe conseguiu fazer foi fechar os olhos e respirar pesadamente, e apesar de não os ver mais juntos até o momento em que estava no baile, o jovem príncipe estava agradecido pelo fato de que quem o visse não conseguisse distiguir se o seu rosto era de tristeza ou cansaço, e que ninguém veio lhe fazer perguntas que ele não queria nem iria responder.
O príncipe não conseguia deixar de colocar a culpa do acontecido em si mesmo, afinal, se ele tivesse tentado se aproximar mais dela, se ele tivesse tirado ela para dançar... eram muitos "se's" para o príncipe conseguir culpar alguém mais do que ele mesmo...
Mas ele apesar disso tudo ainda não havia perdido a esperança, continuou a se comunicar com aquela menina e foram através destas mensagens que eles descobriram uma coisa em comum, ambos não sabiam dançar, então surgiu a idéia de fazerem um curso de dança juntos. O problema era que os reinos eram distantes e a possibilidade de se achar um horário e local ideal para ambos era remota, mas mesmo assim eles tentaram, foi marcado para uma noite, no reino dela, para o início das aulas. Um problema surguiu quando o príncipe notou que a data era a mesma que uma outra assembléia que ele havia sido convocado a participar, assembléia essa que ele achou uma perda de tempo, mas teve que ir, senão não poderia participar do próximo evento, onde conhecimentos primários seriam passados para iniciantes, então, o príncipe, mesmo acabando um pouco atrassado e meio perdido naquele reino, chegou no local do curso, sua emoção por poder estar ali com a princesa só não foi maior porque as aulas acabaram não acontecendo por motivos técnicos. O príncipe não podia acreditar que aquilo estava acontecendo, até parecia uma brincadeira sem graça do destino.
Apesar de tudo isso, o príncipe, ainda tinha esperança, e muita agora que ele havia visto que ele ter se abalado de tão longe apenas para ver a princesa a havia comovido muito. Ele decidiu tentar de novo, aproveitou uma brecha em seus ensinamentos para propor à moça de fazer algo, mesmo sem saber exatamente o quê. E ela aceitou, então o príncipe tentou combinar um horário que fosse bom tanto para ele quanto para ela, e novamente aparece a brincadeira medonha do destino, quando ele descobre que o horário que ele havia planejado infelizmente não era possível para a princesa, por motivos do reinado. Ele então propôs sua ida para mais cedo, o que acabou sendo aceito. Porém novamente o destino age, trazendo um dia de chuva e vento, a princesa até pensou que o príncipe não viria, disse que não havia problema se ele não viesse. Mas o príncipe, estranhamente devo dizer, estava completamente decidido a não se deixar ser vencido por motivos externos novamente. Quando quegou ao reinado da donzela, eles combinaram de se encontrar na grande praça do reino. Depois de um tempo de espera ela apareceu, juntamente com um casal a acompanhando, o príncipe tentava, mas não sabia se conseguia saber se estava conseguindo disfarçar o nervosismo, então após conseguirem se acomodar em um pub das redondezas, os dois ficaram sozinhos, conversaram um pouco e foram jogar um pouco também, logo após o outro casal retorna, e a princesa pede para o rapaz jogar em seu lugar, e bem, durante o jogo, aquilo que o príncipe tão ansiosamente esperava acabou acontecendo, não algo forçado nem nada, simplismente aconteceu, um beijo longo entre ele e a sua princesa, que acabaram, por ventura sendo acompanhados por outros, mas isso não vem ao caso.
Esta, meus caros leitores, é uma história que ainda não acabou, muito pelo contrário, está apenas começando, e ainda pretende durar muito, mesmo com chuva, vento, sol, aula de dança ou não, até quando ambos, o príncipe e a princesa, quiserem que ela continue...

Beijos, minha linda princesa, por mim essa história ainda vai durar muito...

domingo, 2 de setembro de 2007

Tempos Modernos

Caros leitores, infelizmente o texto que estava sendo produzido para hoje não pode ser concluído a tempo. Então coloquei este texto que apesar de eu não ter escrito, é muito bom. Espero que gostem e comentem...Até breve...

---x---

- Mãe, vou casar.
- Jura, meu filho?! Fico tão feliz! Quem é a moça?
- Não é moça. Vou casar com um moço. O nome dele? Murilo.
- Você falou Murilo ... ou foi meu cérebro que sofreu um pequeno surto psicótico?
- Eu falei Murilo. Por que, mãe? Tá acontecendo alguma coisa?
- Nada, não ... Só minha visão que está um pouco turva. E meu coração, que talvez deu uma parada. No mais, tá tudo otimo.
- Se você tiver algum problema em relação a isto, melhor falar logo ....
- Problema? Problema nenhum. Só pensei que algum dia ia ter uma nora ... Ou isso ...
- Você vai ter uma nora. Só que uma nora ... meio macho. Ou um genro meio fêmea. Resumindo: uma nora quase macho, tendendo a um genro quase fêmea ...
- E quando eu vou conhecer o meu ... a minha ... o Murilo?
- Pode chamar ele de Biscoito. É o apelido.
- Tá! Biscoito ... Já gostei dele. Alguém com esse apelido só pode ser uma pessoa bacana. Quando o Biscoito vem aqui?
- Por que?
- Por nada. Só pra eu poder desacordar seu pai com antecedência.
- Você acha que o papai não vai aceitar?
- Claro que vai aceitar! lógico que vai. Só não sei... se ele vai sobreviver ... Mas isso também é uma bobagem. Ele morre sabendo que você achou sua cara-metade. E olha que espetáculo: as duas metades com bigode ...
- Mãe, que besteira ... hoje em dia ... praticamente todos os meus amigos são gays.
- Só espero que tenha sobrado algum que não seja... pra poder apresentar pra tua irma.
- A Bel já tá namorando.
- A Bel? Namorando?! Ela não me falou nada ... Quem??
- Uma tal de Veruska.
- Como?
- Veruska ...
- Ah!, bom! Que susto! Pensei que voce tivesse falado Veruska.
- Mãe!!!...
- Tá ... , tá , tudo bem ... Se vocês são felizes. Só fico triste porque não vou ter um neto ...
- Por que não? Eu e o Biscoito queremos dois filhos. Eu vou doar os espermatozóides. E a ex-namorada do Biscoito vai doar os óvulos.
- Ex-namorada? O Biscoito tem ex-namorada?
- Quando ele era hetero. A Veruska.
- Que Veruska?
- Namorada da Bel...
- "Perai". A ex-namorada do teu atual namorado... ? a atual namorada da tua irmã ... que é minha filha também ... que se chama Bel? Isso? Porque eu me perdi um pouco ...
- É isso. Pois é ... a Veruska doou os óvulos. E nós vamos alugar um útero.
- De quem?
- Da Bel.
- Mas ... logo da Bel?! Quer dizer então ... que a Bel vai gerar um filho teu e do Biscoito. Com o teu espermatozóide e com o óvulo da namorada dela, que é a Veruska?!?...
- Isso.
- Essa crianca, de uma certa forma, vai ser tua filha, filha do Biscoito, filha da Veruska e filha da Bel.
- Em termos ...
- A criança vai ter duas mães: você e o Biscoito. E dois pais: a Veruska e a Bel.
- Por ai ...
- Por outro lado, a Bel..., além de mãe, e tia ... ou tio... porque é tua irmã.
- Exato. E ano que vem vamos ter um segundo filho. Aí o Biscoito é que entra com o espermatózoide. Que dessa vez vai ser gerado no ventre da Veruska ... com o óvulo da Bel. A gente só vai trocar.
- Só trocar, né? Agora o óvulo vai ser da Bel. E o ventre da Veruska ...
- Exato!
- Agora eu entendi! Agora eu realmente entendi ...
- Entendeu o que?
- Entendi que é uma espécie de swing dos tempos modernos!
- Que swing, mãe?!!...
- É swing, sim! Uma troca de casais... com os óvulos e os espermatozóides uma hora no útero de uma, outra hora no útero de outra .
- Mas...
- Mas uns tomates! Isso e um bacanal de ultima geração! E pior ... com incesto no meio.
- A Bel e a Veruska so vão ajudar na concepção do nosso filho, só isso ...
- Sei!!! ... E quando elas quiserem ter filhos ...
- Nós ajudamos.
- Quer saber? No final das contas não entendi mais nada. Não entendi quem vai ser mãe de quem, quem vai ser pai de quem, de quem vai ser o útero, o espermatozóide ... A única coisa que eu entendi? É que ...
- Que ...?
- Fazer árvore genealógica daqui pra frente vai ser uma MEEERRRDAAA ....

domingo, 26 de agosto de 2007

As três faces da mesma moeda

Chegando à entrada do seu pub, Cognitio Derelictum, Furlan nota que o guarda da entrada começou a agir nervosamente com a sua aproximação.
- Algum problema Luigi?
- É o meu irmão Sr. ele foi embora.
- O Mario? Hum, estranho, ele nem sequer pediu demissão... mas, você já tem outra pessoa em
mente para te substituir nos dias que eram dele?
- S-sim senhor, ele virá amanhã para conversar com o senhor.
Entrando no pub e olhando para Luigi, Furlan respondeu:
- Certo, mas eu já disse pra me chamar de você. E acalme-se Luigi, não há motivo para tanto
nervosismo.
- E-esta b-bem senhor.
Furlan entrou no pub, estava quase vazio ainda, afinal o horário de movimentação começaria
mesmo somente daqui mas duas horas. Andou até o barman que havia feito um sinal chamando-o.
- Temos um problema Furlan.
- Fale.
- É sobre o Mario...
- Sim, eu sei. O Luigi já falou que ele foi embora, estranho você se preocupar com isso...
- Não é exatamente isso, é que eu estava treinando aquele maledeto pra me auxiliar aqui no bar, mas o desgraçado descobriu a receita do absinto flambado e se vendeu.
- É, isso é realmente um problema, você sabe para onde ele foi?
- Para o Brasil se não me engano, ele deixou esse folheto aqui perdido.
Furlan pegou o folheto e o olhou atentemente, na parte superior estava escrito com letras grandes em verde ácido "O Covil de J. Lestrange".
- Maldito Lestrange, sempre usando de truques sujos para conseguir o que quer, mas não se
preocupe, ele não fará rivalidde com a gente lá do Brasil, e duvido que ele permitirá que a receita fuja do Covil. Mas da próxima vez, Beneddeto, fale comigo antes de treinar alguém para te auxiliar, você sabe que eu gosto de saber tudo o que acontece por aqui.
- Desculpe Furlan, isso não acontecerá novamente... pobre Luigi, está sofrendo tanto pelo que seu irmão fez, como pode dois irmãos serem tão diferentes um do outro, eu me pergunto?
- Da diferença nasce a originalidade, até depois então!
- Certamente.
Furlan foi para sua habitual mesa afastada do centro e ficou pensando sobre Lestrange e Mario, decidindo enviar uma mensagem para ele na próxima oportunidade que tivesse. Olhou novamente para o pub, viu que haviam apenas três pessoas ainda quando entrou um quarto pela porta e foi direto para o bar.
Este se chama Antônio Peruche, advogado, olhou ao redor, viu sentado na outra ponta do balcão
um sujeito com roupas gastas e rasgadas, um músico de nome Carlo Pinotti.
- Sabe Beneddeto...
Falou Peruche dirigindo-se ao barman que o servia, e falando alto e claramente para que Pinotti o pudesse ouvir.
- Sim Tom?
- Eu sempre desprezei estes tipos de pessoa sem passado nem futuro, que vivem jogados por aí,
não dão importância a nada a não ser eles mesmos. Se auto denominam artista, como se fosse
arte aquile lixo que saí da boca deles, estou falando dequeles sujeitos que dizem serem músicos,
mas não conhecem realmente o que é a música, os clássicos, apenas cantam em botecos e bares
e acham que são grande coisa. O mundo seria realmente melhor sem eles para poluir o ambiente de pessoas honestas e trabalhadoras como nós.
- Hum...
- Sabe o que eu acho?
Ambos olharam para o lado para ver o que Pinotti estava falando.
- Eu acho que o mundo estaria melhor sem você Antônio, sem você e sem gente do seu tipo, só se peocupa com trabalho e se esquece do que realmente é importante na vida. Você falou de família, mas quando foi a última vez que você foi visitar a Andreza?
Andreza Peruche Pinotti, era a irmã mais nova dos dois, os pais de Carlo e Antônio eram viúvos e já tinham seus filhos quando se conheceram, se casaram e pouco tempo depois tiveram Andreza. Um nunca gostou do outro e ambos consideravam Andreza sua única irmã.
- Isso não interessa, ela sabe que eu não sou um desocupado, como certa pessoa...
- Se você quer falar de mim por que não fala diretamente? Fica sempre com as suas indiretas, e eu já te disse, não me importo com a sua opinião. A propósito convidei a Andreza pra vir aqui hoje, espero que você se comporte.
- Me comportar? Você que é o rebelde sem causa por aqui seu bastardo.
- Cale a boca, seu verme sujo, não venha descontar em mim se seu dia não foi bom.
Neste momento entra uma jovem mulher muito bonita, porém sua presença não é notada pelos
dois homens discutindo o bar, estes quais já estão se levantando e ameaçando começar a brigar a qualquer momento.
Andreza prevendo o pior, ela parte par lá para separar os dois irmãos, mas no meio do caminho os dois já estão trocando socos e chutes.
- LUIGI.Desesperado e chamando o segurança Beneddeto começa a mandar que ambos saíam do pub,
porém após levar um soco de Antônio, Carlo dá um passo para trás e acaba empurrando Andrez
que caí e bate a cabeça em uma cadeira e fica desmaiada no chão. Os dois nem percebem a
presença dela ali caída e reiniciam a briga.
- BASTA.
A voz de Furlan saiu tão forte e austera que ambos olharam assustados, até mesmo Beneddeto, que já havia presenciado esta atitude dele em alguns acontecimentos (o último quando um rapaz queria levar uma jovem à força para o seu carro), tremeu, pois isso significava que seu patrão estava realmente furioso e desafiá-lo nesse momento era algo totalmente desaconselhavél.
- CHEGA DISTO AGORA, NÃO ME INTERRESSA O PROBLEMA DE VOCÊS, MAS O MEU PUB NÃO É LUGAR DE LAVAR ROUPA SUJA. LUIGI, CHAME UMA AMBULÂNCIA AGORA, ESTA JOVEM NÃO ESTÁ BEM.
- Andreza...
- O que aconteceu?
- Vocês dosi seus idiotas, foi isso que aconteceu, vocês a acertaram quando ela estava vindo para separar vocês.
- Ela esta...?
- Não, mas não graças a vocês, mas ela deve ser tratado logo, ou pode piorar.
- Eu vou junto com ela para o hospital.
- Eu também...
E ficaram o três ao lado de Andreza esperando a ambulância, que chegou dois minutos mais tarde. Antônio e Carlo seguiram junto com ela até o hospital, onde ela ficou internada em estado grave por duas semanas, depois mais uma em recuperação. Durante este tempo os irmãos se revezaram para que ela nunca ficasse sozinha, e isso acabou servindo para aproximá-los, Carlo viu Antônio desmarcar reuniões e casos importantes para poder ficar junto de Andreza, e Antônio viu Carlo cuidar de sua irmã com um zelo tal que ele nunca havia visto em lugar algum.
Algum tempo depois os três foram juntos para o Cognitio Derelictum se desculpar pelo acontecido, e para comemorar a recém formada amizade entre eles.
Três lados de uma mesma moeda finalmente aceitaram que um completa o outro e que ambos tem algo para ensinar e para aprender entre si.
* As moedas tem tantos lados eu quiser para complementar os meus textos.
Muahahaha.
E sim meus caros, J. Lestrange roubou minha idéia de absintos flambados e colocou em seu covil.
Na próxima edição uma história anterior ao pub, que trabalha um pouco com a idéia de conhecimento alheio, não percam. Até a próxima.

domingo, 19 de agosto de 2007

A pedidos 'O Pub'

Andando calmamente por ruelas desertas de Roma estava o então dono de um pequeno pub novo das redondezas, pub este que estava se tornando cada vez mais popular entre os moradores desta gigantesca cidade. Enquanto se aproximava cada vez mais de seu destino ele refletia sobre as coisas que o levaram a estar ali nesta fase de sua vida, em como tudo poderia ser diferente, mais facil, que ele poderia ser mais rico, e dava graças a Deus por tudo haver ocorrido exatamente como ocorreu, era o dono de seu pequeno mundo, ou melhor quase o dono, ainda falta uma coisa que ele não havia conquistado, mas não gostava de falar sobre isso. Era a pessoa mais confiável que se podia encontrar, mas pagou um preço alto por isso, não confiava totalmente em praticamente ninguém.
Finalmente chegou ao seu destino.
- Boa-noite Sr. Furlan.
- Boa-noite Luigi.
Definitivamente foi uma boa idéia contratar apenas brasileiros e descendentes diretos, Furlan se sentia em casa quando falava com eles em sua língua-natal, e já havia tanto tempo que ele não visitava sua pátria que isso havia se tornado algo de grande importância sentimental para ele.
Entrou no pub, comprimentou os empregados com a sua cordilidade de sempre, se sentou numa mesa mais afastada do centro, olhou o ambiente, era tudo exatamente como sempre havia idealizado: ambiente soturno, luz brilhando fracamente (o que era amplamente apreciado pelos freqüentadores, pois geralmente iam ao local para refletir, dar um tempo na vida corrida lá de fora, e a pouca luz os faziam se sentir mais livres das pressões da sociedade), decoração estilo idade média, um bar com um barman extremamente capacitado, um palco para pequenas bandas locais se apresentarem (palco esse que iniciou algumas das bandas de maiores sucessos da atualidade). Mas seu olhar já não está mais em nada disso, e sim na pequena estante de livros que ele mesmo havia juntado durante anos, apenas os melhores de todas as épocas, livres para qualquer freqüentador ler à vontade, seu olhar parou em um vão entre os livros, local onde costuma ficar o seu livro preferido "Shibumi". Então percorreu a sala para ver quem havia pego o livro, o encontrou em uma mesa, aberto mais ou menos pela metade e aparentemente sendo muito apreciado por uma pequena moça, de olhos lindos, cabelos da altura do pescoço, aquelas que quando abrem um sorriso iluminam o ambiente e conquistam a todos os presentes.
Um pequeno sorriso apareceu no canto dos lábios de Furlan, então levantando-se de seu costumeiro lugar foi até o barman atrás do balcão.
- Mê vê dois absintos flambados Beneddeto.
- Agora mesmo.
- Obrigado.
- Ora, estou aqui pra isso.
O absinto flambado é um dos grandes atributos da popularidade do pub, afinal nenhum dos outros pubs conseguiu criar tal drink, colocar fogo em uma bebida com teor alcoólico tão alto era algo completamente impensável até o momento em que Furlan, juntamente com Beneddeto, conseguiram tal façanha, criando uma bebida com o dobro do sabor do absinto, porém pelo fato do fogo grande parte do álcool evaporava e tornava a bebida mais fraca do ponto de vista da embriaguez.
Assoprando ambos os copos para acabar com o fogo, o dono do pub se aproximou da jovem lendo seu livro e se sentou na cadeira imediatamente a sua frente da mesa.
- Absinto Srta. Schneider?
Ela levanta a cabeça com um imenso sorriso nos lábios.
- Obrigada, seu bobo.
- Bobo eu? Mas, por quê tal ofensa a mim?
- Claro que tu é bobo. Oras, onde já se viu de me chamar de srta. Schneider, heim sr. Furlan?
- Rá! devolvendo na mesma moeda, é? Mas tudo bem, eu mereço, gostou do livro?
- É legal, tu me falou tanto dele que tive que acabar lendo.
- Que bom saber que nem todas as minhas palavras são em vão.
- Bobo...
- É, quem sabe contigo repetindo eu não acabo acreditando nisso mesmo, né?
Ela da uns pequenos risinhos, e fica olhando fixamente para os olhos de Furlan, que em momento algum desvia os seus olhos. Eles são pessoas tão parecidas e se conheceram a tanto tempo que, apesar de todo o tempo que o destino os separou, é como se sempre estivessem ali, numa mesa, olhando os olhos um do outro sem ver quanto tempo havia se passado.
- Você nunca vai mudar né, seu bobo...
- Mudar?... você é quem melhor sabe o quanto eu mudei em todo esse tempo.
- É você tem razão, mas você continua bobo.
- É isso é verdade.
- Nossa, que música linda.
- Quer dançar?
- Aqui? Agora?
- Claro, por que não?
- Ai, ai, você e suas idéias...
Levantaram-se juntos e foram dançar, logo outros casais começaram a dançar juntamente no salão. E então Furlan olhou ao redor, olhou para aquela pequena bela ali em seus braços e finalmente se sentiu completo em seu pequeno mundo.

*Esta é uma história de ficção e nada tem haver com a realidade... por enquanto.

domingo, 12 de agosto de 2007

Nada nada, só inicio

Primeiramente gostaria de agradeçer a quem quer que possa estar lendo estas pobres linhas que eu humildemente aqui vos escrevo.
Gostaria também por meio desta informar que nada porei neste espaço neste curta visita, porém para novos encontros isto ja está sendo preparado.
Nada mais,