segunda-feira, 23 de março de 2009

O passado não volta...


Aproveitar a chuva é bom, exceto quando se tem um buraco bem na frente.


Sabe aqueles momentos que tu vê que fez burrada? E o pior, pelo simples fato de estar demasiadamente distraido na ocasião para fazer a coisa certa?

É bem verdade que, às vezes, repito, às vezes, isso até é benéfico, para adquirir experiência e coisa e tal como muito filósofo de butequim por aí fala.

Já ouviu a frase: "Enquanto não encontro a pessoa certa vou me divertindo com as erradas"?

É errado fazer isso? Lógico que não. Errado é quando você faz isso de maneira desmedida e irresponsável. Já vi muita gente chorando as pitangas para um amigo(a) por causa de ter se arrependido de ter feito algo assim.

Acho, em meu humilde cérebro, que o ser humano é algo propenso ao erro. Geralmente temos a opção correta a nossa frente, mas não a distinguimos das demais até ser tarde demais (não obrigatoriamente, é claro).

O que fazer então?

Correr atrás do prejuizo meus caros, pelo menos enquanto não inventarem uma verdadeira máquina do tempo.

Vai dizer que não queria ter um?

O simples fato de arrepender-nos-mos dos caminhos que escolhemos, e decidirmos arrumar isso é o que nos transforma verdadeiramente em Pessoas. Pois Pessoas, amam, sofrem, caem, torçem, gritam, pedem e dão perdão...

To perdidão nos meus pensamentos ultimamente, desculpem pela falta de foco do post...


Abraço

CHEEEGAAAA!!!!!!!



Cansei, to com o cérebro fervendo, to cansado, com a tornozelo quebrado (e parcialmente dependente da ajuda alheia), apaixonado, com um monte de coisa pra estudar, com péssimas noticias do trabalho.

Cansei de tudo isso, to explodindo. com vontade de quebrar tudo pela frente...

Não to conseguindo encontrar um momento de paz comigo mesmo pra voltar a ser produtivo com qualidade.

AAAAAHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH


Desculpem, precisava desabafar, vou tentar relaxar nesse momento de folga...

terça-feira, 17 de março de 2009

Andarilho de pensamento



"Só se da valor quando se perde"


Nunca houve frase tão verdadeira. Porém só percebi ela em sua totalidade recentemente, pois devido ao acidente bem ridiculo acabei quebrando o tornozelo.

Sempre gostei da liberdade, mas ela pra mim sempre foi algo natural, agora sei como é não possuí-la, de ficar preso me uma cama, de depender dos outros para quase tudo, é horrível. A sensação de não poder fazer nada para ajudar, apenas continuar ali parado.

Não tive muitas visitas, mas sei bem quem ficou realmente preocupado comigo apesar de não ter ido me ver... cada um tem sua vida e eu não ia querer atrapalhar a de ninguém só para me ver deitado numa cama.

Com tempo de sobra a cabeça voa longe, e para em alguns lugares e pessoas específicas... vi que tem algumas pessoas que acabei sentindo mais falta do que realmente esperava, e outras mal me dei conta que não estavam presentes comigo...

O amor, o apego, a amizade, todos esses são diferentes, porém iguais, e um leva ao outro, o estranho é que geralmente são sentimentos que não nascem juntos, mas não sobrevivem em separado.

Um pé quebrado serve para mostrar que distâncias geográficas existem, e também que distancias afetivas não passam de imaginação...

terça-feira, 3 de março de 2009

Cognitio Derelictum - passeio

Furlan andava pelas reulas da grande Roma, andava distraidamente, com o pensamento voando solto sem se prender em nada. Estava indo ao pub um pouco mais cedo do que o costume. Na verdade ele nem seria aberto hoje, era o dia da revisão e desinsetização anual, regra que Furlan seguia à risca. Mas sabia que Beneddeto estaria lá organizando as bebidas e afins. E ele queria uma companhia para conversar.

Chegou, checou a porta e viu que ela já estava aberta. Entrou e acertou quanto ao fato de Beneddeto, só errou na quantidade, tanto Raul quanto Egon estavam lá.

- Ei, olhe quem chegou...

- Como vão os irmãos Beneddeto?

- Ora, eu vou muito bem obrigado, já Raul eu acho que andou cheirando veneno contra pragas demais.

- Hahaha, engraçadinho dá próxima você fica encarregado da limpeza pós-desinsetização.

- Calma Raul, como sabia que estavam aqui vim convida-los para sair, tomar algo, bater papo e rirmos dos estrangeiros...

- E não somos todos estrangeiros aqui?

- Então vamos rir de nós mesmos também, oras...

- Hahaha, o Furlan esta mesmo de bom humor hoje não está? Fico imaginando o motivo dessa alegria.

Raul olhou para o irmão com um sorriso de escárnio no rosto. O rosto de Egon abriu em um sorriso semelhante.

- Pois é, meu irmão acho que nosso querido amigo levou uma flechada do cupido.

Egon imitou uma flecha sendo lançada de modo bem espalhafatoso. Furlan o olhou e levantou uma sobrancelha e fez um sorriso torto.

- Não sei do que está falando...

- Ah sim claro que não sabe.

Os irmãos se olharam e cairam na gargalhada. Depois Egon ainda com um sorriso no rosto olhou maliciosamente para Furlan e depois para a direção onde fica o acervo de livros do pub, sem em nenhum momento disfarçar a diversão no seu rosto. Quando Furlan viu quem estava lá entendeu a zombaria deles, era Agatha, após vê-la e voltou seu olhar mais para Raul que Egon, e fez um sinal como que perguntado o que ela estava fazendo ali.

Raul, deu de ombros ao mesmo tempo que revirava os olhos, e seu irmão caiu na gargalhada ao ver a cena.

- Engraçadinhos.

Agora a risada era dos dois. E foi de tal maneira que fez com que Agatha vira-se para ver o que estava acontecendo. Ao ver Furlan ali piscou algumas vezes com se estivesse adaptando os olhos à luminosidade, depois fez uma cara de alegria misturada com surpresa.

- Olá Furlan, não tinha visto você aí.

- Nem eu você, boa noite. Mas me diga, o que esta fazendo aqui hoje?

- Perguntei ao Raul ontem se poderia vir até aqui hoje para reorganizar melhor os livros, e pesquisar novas aquisições, acho que vai gostar do trabalho.

- Ah, certo então...

Furlan deu um sorriso meio torto novamente, depois lançou um olhar zangado aos irmãos que simplesmente viraram os olhos disfarçadamente.

- Aliás, - continuou Agatha - do que estavam rindo.

Ela então colocou um livro na estante e começou a vir em direção de onde estava Furlan que neste momento parou de fitar os irmão atrás do bar e virou seu olhar para ela.

- Bem, ao que parece meus caros amigos estão me achando feliz demais para mim mesmo.

- Haha - ela então parou em uma posição semelhante à de um critico de arte ao analizar uma obra - ora, acho que eles tem razão, e você fica mais bonito sorrindo.

Furlan não conseguiu juntar coragem para olhar os irmão Beneddeto naquele momento, mas podia sentir suas risadas sufocadas. Então respirou fundo por um momento, e virou o rosto para os dois.

- E então vamos ou não?

- Claro que sim, mas com uma condição.

Egon fez um sinal com a cabeça na direção de Agatha. Furlan revirou os olhos.

- Nos daria a honra da sua companhia senhorita?

Falando isso Furlan fez um gesto exagerado com o braço, ofereçendo-o para Agatha. E para sua surpresa quando viu ela já estava agarrada ali.

- Ora é claro.

Ela falou isso com um grande sorriso no rosto, o que fez com que Furlan, apesar de surpreso com a reação também sorrisse.

- Viu eu disse que você ficava mais bonito assim.

- Hum, então quer dizer que quando estou sério eu sou feio?

Ela respondeu timidamente, quase num sussurro.

- Não foi isso que eu disse.

Furlan a fitou por um momento, ela o olhava também.

- Gostaria de saber o que tem no seu olhar que me faz me sentir segura com você.

- Ora minha cara e bela Agatha - era Egon falando - esse é o dom do Furlan, ele inspira a confiança de qualquer um, e pra dizer bem a verdade até hoje ele fez por merecer esse dom.

- Que bom então.

Falando isso Agatha aconchegou-se mais no braço de Furlan.

- Bem, vamos indo ou eles vão começar a dissecar a minha história de vida.

- Eu não me importaria de ouvir.

- Nem nós de contar.

Furlan virou o rosto para Egon.

- Agora chega, vamos.

Foram todos andando e conversando até uma rua mais movimentada e aberta da cidade e seguiram até um restaurante que dava uma visão privilegiada da cidade, onde sentaram em uma das mesas localizadas na calçada. Agatha não largou o braço de Furlan até que chegaram ao local, mas em algum momento do caminho seus mãos se juntaram, e os dedos se entrelaçaram.

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