Ele entrou no bar do vilarejo, e sentou-se na mesa no canto mais afastado dos outros no local. Aparentava ser um jovem nos seus 20 e tantos anos. Parecia calmo, pediu dois copos de vinho e abaixou a cabeça.
Ao levantar uma jovem estava sentada a sua frente.
- Senti sua falta, Naya.
Ela franziu o cenho, ele ter requisitado esse encontro já era estranho, e o fato de ser naquele vilarejo afastado apenas piorava seu mau pressentimento.
- O que aconteceu com meu irmão?
- Ele foi pego... [ele fez uma pausa ao chegar os copos de vinho, depois de um gole continuou] ... mas não foi tocado. Foi difícil parar os Captores. Daqui irei direto até onde ele está.
Ela encara o seu copo de vinho. Depois vira seu olhar para ele e não fala nada.
- Não vai conseguir informação nenhuma assim Naya, muito menos me confundir, você sabe.
- Mas até agora não me disseram o que ele fez. Eu preciso saber.
- Foi por isso que eu te chamei. [Outro gole de vinho] Ele estava investigando o caso Pamela, e aparentemente ela o seduziu. Durante a última investida que fizemos contra ela, ele a protegeu e ajudou a escapar, graças a isso 7 agentes morreram. Você sabe muito bem que o minímo que fariam com ele seria a morte, eu os parei com o pretexto de conseguir informações. Parei por você. Agora é preciso que você vá falar com ele e o convença a dizer apenas a verdade, e não omita nada, você sabe que nem adiantaria, mas isso pode salvar a vida dele.
- Meu irmão... ele nunca se deixaria seduzir.
- Ele não deixou, essa é a habilidade dela, ou melhor, uma delas. Mas não posso falar sobre isso.
- E se ele falar a verdade, o que acontece?
- O que ele fez foi muito grave, mas vou tentar convencê-los da situação em que ele se encontrava. Com muita sorte ele será mandado para o campo de reabilitação, mas eu duvido, a outra boa opção é ele ser expulso da corporação.
- Só isso?
- E eu vou ter de marcar ele antes.
- Marconi!
- Naya, ou é isso ou a morte.
Ela toma todo o seu copo de vinho de uma só vez.
- Meu irmão... marcado... [sorri] Isso vai ser interessante.
Ele também sorri.
- Agora vamos até ele, temos uma longa noite pela frente.
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