segunda-feira, 15 de março de 2010

Cognitio Derelictum - Aniversário

Raul observava Furlan com notável interesse. Ele andava de um lado para outro do Cognitio Derelictum, organizando e reorganizando a festa surpressa de Amanda. Ligou para os amigos dela [havia conseguido a lista de telefones não se sabe como], e iria perder todo o lucro da noite por causa desta festa.

- Furlan?
- Que foi?
- Vai se declarar pra ela?
- Como é?
- Oras, olhe a trabalheira que você está tendo por ela. Fala sério, tu tá totalmente apaixonado.

Furlan resmungou algo incompreensível, e encarou Raul com um rosto pensativo. Logo após continuou a organizar o lugar. Egon chegou aproximadamente cinco minutos depois, e ao ver o rosto de Furlan ainda pensativo, não falou nada e foi direto conversar com Raul. Olhou para Furlan e perguntou:

- Diagnóstico?
- Ah, ele tá perdido, o inconsciente provavelmente já notou isso, o consciente aparentemente não acredita, ou prefere não acreditar.
- Caso complicado.
- Já viu ele assim antes?
- Já, mas nada deste porte.
- Vão falar sobre mim quanto tempo?
- Até adivinhar a data do casório.
- *Suspiro*, sabe Egon, às vezes você fala demais.
- Ah, qual é Furlan, tu tá caidinho por ela.
Furlan vira o rosto e continua:
- E vocês acham que eu não sei disso? Eu sei que gosto dela, mas ainda não sei precisar o quanto, só sei que ela me faz bem.
- E é o suficiente pra fechar a casa por uma noite pra fazer uma festa, não é?
- Tu fala como se eu nunca tivesse feito isso antes, para vocês inclusive.
- Oras, é diferente.
- Diferente nada, posso conhecê-la a pouco tempo, mas me diga Egon, o tempo de uma amizade faz tanta diferença assim?

Egon não respondeu, sabia que o tempo não importava, e agora conseguiu compreender Furlan.
Ele não estava perdido, estava receoso, e queria aproveitar todo o tempo que pudesse para fazê-la feliz. Assim ele ficaria feliz. E não queria perder tempo, sofreu por perder tempo estupidamente no passado.
Agora Egon entendeu o quanto Amanda se tornara especial para ele, e sorriu.

- Ah, Furlan... Vamos, pecisa de ajuda em quê?

Organizaram tudo, os amigos dela chegaram, e então todos esperaram por ela.
Quando ela abriu a porta, uma leve brisa soprou por detrás dela, ela fechou os olhos por um instante absorvendo a sensação. Foi uma cena linda.
Abriu os olhos, viu a organização do lugar, fitou Furlan, no balcão, sorrindo para ela. Respirou profundamente e então disse:

-


Hum, essa fala não sou eu quem inventa. E então Amanda, o que você disse?

^^,

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